terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Mais um ano se passou...

“Mais um ano se passou, e eu nem sequer ouvi falar seu nome...”

Essa música me deixa tão melancólico. Estava voltando para casa quando a ouvi tocar numa dessas rádios com programas bregas. Ela me faz lembrar tantas pessoas legais que passaram pela minha vida, mas que desapareceram por algum motivo. E de outras especiais que eu me afastei por não poder oferecer um futuro à altura que elas mereciam.

Você já parou pra pensar quantos momentos já dividisse com pessoas interessantes e que hoje nem sequer sabe onde elas estão? Seja aquela estranha que sentou na tua mesa de bar e te alegrou por uma noite, ou aquele amigo de infância que aprontou contigo durante anos e que sumiu depois de uma mudança de moradia ou de vida. Viver é assim, cheio de embarque e desembarque no nosso vagão da vida. Enquanto isso a gente segue em frente com as pessoas mais importantes que são aquelas que ficam.



Até um dia neste espaço já abandonado :)

quarta-feira, 19 de março de 2014

Em defesa do diploma para os jornalistas

SÓ UMA REFLEXÃO: Para exercer as principais profissões do mercado é solicitado o básico: diploma
de formação na área. É claro que o diploma não é carimbo de "excelente profissional", pois há péssimos profissionais diplomados em todos os setores, mas é a prova de que a pessoa buscou o básico: aprimoramento e qualificação para trabalhar na área. O engraçado é que na hora de cobrar o diploma para exercer a profissão de jornalista, muitos torcem o nariz e acham desnecessário. Pq será?

É justo que cada um dos 200 milhões de habitantes deste país peça o seu registro, se intitule como "jornalista" e passe a espalhar notícias para população, sem nem ao menos passar pela cadeira de ética, produção, checagem e divulgação de conteúdos? Sem ficar, no mínimo, quatro anos estudando para isso? Não, eu não acho justo...

Conheço muito curandeiro melhor que médico formado, conheço justiceiro melhor que juiz de direito e, sim, conheço excelentes profissionais sem formação que dão um banho nos jornalistas diplomados. Mas JAMAIS abrirei mão da formação acadêmica, independente da área de atuação. O conhecimento não para e precisamos estar em constante capacitação para buscar o melhor exercício da profissão.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A insegurança que assusta e acaba com o país

No Portal Engeplus, as últimas notícias da área policial em menos de 24 horas envolvem disparo com
arma de fogo na rua, no bar contra carro de clientes, casal rendido em assalto que teve fuga e capotamento, desmanche de carros roubados e jovem assassinado na frente da mãe e irmã. 2013 foi um ano em que a criminalidade falou alto na região e mostrou que estamos mais inseguros do que nunca.

Não é de hoje que a criminalidade descentralizou dos grandes centros e vem atingindo com força locais que outrora eram relativamente calmos. O pior é que a retrospectiva de cada ano mostra que a tendência é se agravar, caso nada for feito e os nossos excelentíssimos continuarem de braços cruzados. Lavar as mãos e fingir que o problema não é contigo é muito fácil, até chegar o dia em que você ou tua família entra para as estatísticas dos atingidos.

Não vejo outra alternativa para solucionar isto, sem passar por três plataformas que devem ser colocadas em prática com coragem pelas autoridades:

1º - Leis mais duras e com menos recursos intermináveis na Justiça para prender e manter preso os bandidos.

2º - Novas penitenciarias para desafogar as superlotadas e poder abrigar tantos criminosos.

3º (e mais importante) - reforçar o investimento na educação, com melhores escolas e professores capacitados, pois a longo prazo só ela será capaz de salvar este país.

Assim estava o noticiário local no momento desta postagem:

13 de Dezembro de 2013

16:01
PM localiza desmanche no bairro Laranjinha
Até o momento, cinco carros e 15 motocicletas foram recolhidos

11:34
Homem efetua disparos de arma de fogo em ponto de ônibus
Polícia Militar faz um cerco para encontrar o suspeito

09:44
Após discussão, homem atira em carros de clientes de bar
Ele discutiu com o garçom sobre a sujeira do chão do estabelecimento

09:15
Dupla rouba carro e capota veículo durante a fuga
Os dois ainda tentaram fugir em um Gol, mas foram abordados momentos depois

12 de Dezembro de 2013

22:30
Jovem é assassinado com cinco disparos de arma de fogo
Atualização de matéria às 8h44min / Um tiro acertou a cabeça, outro disparo atingiu o pescoço e três projéteis acertaram o tórax do jovem

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Quando chega a hora de dizer adeus...

Ao abrir a porta do apartamento da minha vó, Iva, observei ela tentando tirar uma foto do seu cachorro chamado Nique. Fiquei ali parado por alguns segundos sem fazer barulho enquanto esperava ela conseguir concluir esta missão. Não aguentei muito e logo a questionei:
- Por que a vó está tentando tirar uma foto do Nique?

E com os olhos cheios da água ela me respondeu:
- A vó vai mandar sacrificar ele. Ele não come mais, só chora e me dói vê-lo nesta situação. Tentei tudo o que foi preciso, mas não tem mais recurso...

Há 17 anos este cachorro tem sido companhia diária da minha vó. Mistura de pinscher com pequinês, ele foi um dos cachorros mais feios que já conheci. Com olhos saltados, rabo de porco e pelo estranho, durante muitos anos o Nique foi motivo de piada e chacota pela sua aparência horrorosa. Uma vez, numa confraternização de vizinhos na praia, todo mundo começou a rir da cara do cachorro que estava com a vó. Lembro dos olhos dele mais arregalados ainda, sem entender nada, como se estivesse chorando pedindo para o pessoal parar. Parece que ele entendia o que estava se passando e me deu muita pena.

Porém, minha vó o amava mesmo assim e acabamos nos acostumando do jeito que ele era. Sabe aquela pessoa muito feia, mas simpática? A simpatia é tanta que você nem liga mais para a aparência, e foi exatamente assim que aconteceu com este cachorro. Nos acostumamos com a sua aparência física e passamos admirá-lo por tanto amor e dedicação com a minha vó. Ele não desgrudava dela e, quando ela saia, ele entrava no guarda-roupa e ficava cheirando o sapato até ela voltar (e ai de quem tentasse tirá-lo dali, rs).

É muito triste dizer adeus ao animal que ama. Só não é mais dolorido que enterrar um pai, mãe, filho, irmão ou outra pessoa querida. Mesmo assim ainda dói na alma e deixa um espaço vazio em casa. Não sei se minha vó ainda terá saúde para cuidar de outro cachorro por tanto tempo, mas se eu pudesse fazê-lo compreender minhas palavras, queria dizer: Obrigado por cuidar tão bem da minha vó, e desculpa pelas piadas imaturas onde a aparência falava mais alto que o caráter. Você foi um bom cachorro... vá em paz, Nique!

(Obs: foto do texto ilustrativa)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Verás que o filho teu não foge à luta

Acordei tomado de uma euforia que só quem foi às ruas consegue captar. É como se o povo tivesse
relevância não somente nas urnas. É como se pudéssemos corrigir o erro da escolha eleitoral a qualquer momento, depois de ver as burradas que os nossos representantes estão fazendo.

Não sei até que ponto as manifestações vão ter fôlego para continuar. Não sei se vamos conseguir uma mudança concreta após tudo isso. Não sei se ainda vamos ter corruptos e sujos se reelegendo com os resultados das urnas no ano que vem.

O que importa é que assustamos as autoridades. Colocamos eles no seu devido lugar. E mostramos que, quando o povo quer, não tem instituição ou segurança que dê conta da insatisfação popular. O alerta foi aceso no Congresso. Parlamentares guardaram o nariz de palhaço que compraram para presentear os eleitores.

Espero que estas revoltas tragam mudanças na postura das autoridades perante o dinheiro público. Espero que quem for eleito para um cargo público tenha a consciência que deve servir ao PÚBLICO, e não ao próprio bolso com negociações em benefício próprio.

Ainda estou em êxtase por tudo o que os brasileiros mostram ao mundo durante as manifestações nas ruas. Fico triste quando lembro que toda essa movimentação era pra ter começado lá atrás, no escândalo do mensalão e no protesto (que morreu no mundo virtual) do #ForaSarney. Porém, antes tarde do que mais tarde.



Deixo neste espaço um pouco do que vi e vivi em Criciúma (SC), nesta quinta-feira (20/06), em uma manifestação pacífica que juntou mais de 15 mil pessoas reivindicando algo melhor para o Brasil :)





Parabéns aos participantes semeadores da mudança :)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Propaganda é a alma do negócio

Pra quem não conhece o poder da propaganda, fica a dica com este vídeo...


Procura-se um Harvey também haha :)

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Janela

Fui fazer uma pequena faxina nas minhas caixas e gavetas de arquivo e, olha só, encontrei uma prova que a minha mãe aplicou em 2002 para os seus alunos. Sem entender o porquê de ter guardado isso, comecei a ler o texto de interpretação e fiquei surpreso com o belo enredo que estava presente. Vou compartilhar com vocês neste blog lamentando um pouco, visto que o autor está anônimo. 


A Janela 

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes em um quarto de um grande hospital. O cômodo era
bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha como parte de seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo que ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de bariga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava próxima a janela, era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que tinha lá fora.

A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lado, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás das fileiras de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso apreciando todos os minutos. Ouviu como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora... Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento:

Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo?

Por que ele não poderia ter aquela chance?

Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocado, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover ... mesmo quando o som da respiração parou. De manhã, a enfermeira encontrou o homem morto, e silenciosamente levou embora seu corpo. Logo que apareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. 

No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, ele olhou pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu faze-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tao belas, todos os dias se pela janela já que só dava pra ver um muro branco?

A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distrai-lo e alegra-lo um pouco mais com suas histórias.
____

Lindo texto, hein? E ele termina com uma lição: "A vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos. Valorize as pessoas que fazem o possível para tornar a sua vida melhor".

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