quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pobreza tem limite!

Se tem alguém que dá valor para as coisas simples da vida, esse alguém sou eu. Ok, tem muitas pessoas na minha frente no quesito simplicidade, mas eu estou inserido entre elas. Sempre valorizei as poucas coisas que deixam um ser humano feliz, como praia, trilhas, chuva, água, cães, etc...

Nunca fui de ligar muito para o luxo. Mesmo que o meu saldo bancário fosse igual do Eike Batista, eu só iria querer duas coisas muito boas: Uma casa e um carro (celular e computador já tenho). Não ligo para marcas de roupas, tênis, cuecas, relógios e afins. Gosto de usar aquilo que eu acho bonito e me deixa bem. Não vou deixar de pagar R$ 90 por um tênis bonito e confortável, para levar outro que custa R$ 300 só porque é de marca famosa.

Não vou deixar de pagar R$ 25 por uma camiseta com uma estampa legal, pra pagar R$ 90 em outra só porque é da Billabong ou Coca-cola. Tenho pena de quem vive pagando o triplo por um produto em nome da marca. Veja como andam os jovens e adolescentes (playboys) no shopping ou na rua. Parece um bando de Outdoors ambulantes - desde o boné até o tênis - estampando a propaganda do produto que pagaram mais caro só pra mostrar que tem estilo e dinheiro.

Por falar em grana, muitos destes jovens incomodam seus pais para comprar o que não gosta, com o dinheiro que não tem para mostrar a quem não conhece. Infelizmente é a realidade. Por outro lado, enquanto eu fico com pena deles por comprar só coisas de marcas valiosas, eles devem me olhar e ter pena de mim porque gosto de andar simples com marcas desconhecidas. Mal sabem que eu gosto delas e me sinto bem assim.

Só que a minha simplicidade não tem desconfiômetro e gosta de apelar. Eu deveria ter vergonha de contar isso, mas confesso pra vocês que AMO roupas e calçados mais velhos. Tenho alguns calçados na caixa zerados que nunca usei, porque gosto de sair com os tênis mais batidos. Tenho várias camisetas no cabide com etiquetas (e de marca conhecidas), mas adoro sair com as minhas mais velhinhas.

Ando em casa igual um mendigo. Gosto de usar meias furadas, camisetas de propaganda que estão na fila para servir de pano de chão e durmo com o pijama mais velho. Tenho a impressão de que quanto mais velho, mais confortável fica. Isso vira um problema quando o calçado rasga na sola e você leva para consertar, ao invés de jogar fora.

Esta semana passei VERGONHA com o meu tênis arrumado pelo sapateiro. Ele consertou a parte rasgada, colocando dois preguinhos bem discretos para fixar bem na parte baixa. Acontece é que fui na missa carismática (que sempre frequento) com o dito cujo. Quem já foi na igreja, sabe bem como é. Em vários momentos nos ajoelhamos em sinal de humildade para rezar ao Criador do universo.

O problema é que quando me ajoelhei, tinha uma criança de três anos atrás de mim. Essa "bendita" criatura viu os preguinhos do meu tênis e resolveu brincar tentando tirá-los. Gente, e a V-E-R-G-O-N-H-A? Ela adorou a brincadeira e eu não sabia se interrompia minha oração pela metade pra ficar em pé, ou se começava a rezar pra ela parar de mexer no meu calçado. Foi difícil fazê-la parar, quase que fico descalço.

Isto me serviu de lição para uma coisa: Rasgou o calçado? Joga fora e parte pro próximo. Ser simples é bom, andar com calçado velho é gostoso, mas toda pobreza tem limite!

11 comentários:

  1. To aqui afinada imaginando a cena da criança tentando tirar o preguinho hauahuaha
    Bah uma vez fui trabalhar e minha sandália arrebentou...fiz uma gambiarra com grampeador e fita que durou ate o fim do dia ahuaha
    mas depois aposentei ela, já pensou se tivesse arrebentado no caminho hauhauah

    :*

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  2. hahaha Mas onde estavam os pais dessa criança que deixaram-na mexer na sola de sapato alheia?!!

    parêntese: Uma das coisas eu eu mais odeio em missa e o tal de levanta, senta e ajoelha. Porra, vc estar lá já deveria bastar! fecha parêntese

    Eu gosto das coisas mais velhas tb. Principalmente calça e calçados. Acho que eles se moldam ao corpo e ficam mais confortáveis.

    Sou que nem vc, não ligo muito para marcas. Ligo para o que eu gosto. Sou mil vezes ir com uma graninha na feirinha (de roupas) do que no shopping. Isso tb porque acho um absurdo uma calça custar mais de R$100,00.
    Mas eu tenho algumas roupas de marca. Lembro de um vestido da cantão que eu estava indo cortar a etiqueta (odeio etiquetas) e uma amiga teve um treco pq. aí "ninguém ia saber que era da Cantão". Eu heim! Gente louca!

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  3. sou meio consumista [pra não dizer MUITO], e sou suspeita porque fiz facul de moda e meu conceito de marca é diferente, mas a gente aprende que ser criativo é mais importante que comprar roupas pela marca, apesar de muita coisa fantástica ter nome importante. vai da cabeça da pessoa, ser autêntico, e garimpar peças de tudo quando é lugar, ou ser um cabide de grife. gostei do blog doug. muito legal.

    (:

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  4. li depois o comentário acima, a Cantão por ex, tem uma estamparia incrivel, tem um preço salgadinho, mas é irresistivel, mas um jeans C&A é super válido se custar 50 reais né?

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  5. Com certeza Luana!
    Na verdade eu só comprei esses (eram 2 iguais só mudava a cor) vestidos na Cantão por conta do caimento. Meu corpo é tipo violão, cintura fina e bunda e perna grandes, o que dificulta comprar roupas, pois o Brasil importa roupas de países onde as mulheres são retas.

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  6. Lipeeee.... qndo eu for na tua casa eu vou levar umas moedas pra moedinhas... RIARIARIARIA
    Te acho gato até com meia furada (mentira)

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  7. fantástico!: "eu não sabia se interrompia minha oração pela metade pra ficar em pé, ou se começava a rezar pra ela parar de mexer no meu calçado".
    véio, libera aí pra eu usar essa cena no próximo filme.

    E os sapateiros, nobres artesãos calçadistas, geralmente são mutcho loucos, imagina o dia inteiro cheirando cola...

    Arrumar sapato no sapateiro é um hábito que está praticamente extinto. Hábito maravilhoso por sinal. Economica, social e ambientalmente saudável. O pior é ver como as pessoas engolem as propagandas e acham que os esnobes estão certos ao se desfazerem de coisas porque não são novas. E os magnatas das empresas que nos enchem o saco com papinho ambientalista teriam um ataque se ouvissem teu relato de recorrer ao sapateiro.

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  8. Quando li, tive que rir novamente, imaginando a cena.
    Beijos!

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  9. KKKKKKKKKKK Se a pobreza passa do limite aí já é miséria...

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  10. KKKKKKKKKKK Se a pobreza passa do limite aí já é miséria...

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  11. Nossa amei! Chorei de rir aqui!
    Obrigada por partilhar!
    Isso é que é ser cristão...

    Fica com Deus!
    Abraço
    =)

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