segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Missa não é lugar de exorcismo

Olá para quem estava sentindo minha falta (Bjs Cla Zanetti, a única que pediu para eu voltar atualizar o blog rsssss). Hoje vou trazer um assunto que está martelando no meu pensamento faz tempo. Não é segredo pra ninguém que sou católico praticante, né? Acredito em Deus, na história de Jesus, Maria e José, etc. E nem adianta tentar me provar o contrário porque, da mesma forma que não convenço um ateu das minhas convicções, ninguém consegue tirar minha fé no Criador deste DNA da vida.

Também não é segredo que gosto de frequentar as missas da Renovação Carismática lá do padre Eloir Borges em Cocal do Sul, né? Não gosto de decorebas das missas dominicais. Eu gosto de um Deus vivo, motivador, alegre e festivo. E é esse Deus que encontro nas celebrações carismáticas. O padre conversa conosco abordando temas atuais, faz comparações dos nossos problemas com o que está escrito na bíblia e a banda traz todo um toque ungido de animação. Depois a gente sai renovado e feliz =]

O problema é que estes encontros onde frequento estão virando uma palhaçada, na minha opinião (que fique bem claro). O que era para ser uma coisa bonita falando dos ensinamentos de Deus, se transformou num culto de exorcismo. Ao invés de pedir saúde, proteção contra as coisas ruins, uma vida de paz e tranquilidade, estas celebrações passaram a se dirigir ao capeta. 

Só se ouve "que caia por terra toda maldição, bruxaria e feitiço. Sai magias diabólicas, eu expulso agora em nome do Senhor Jesus..." e por ai vai. Então fica uma disputa de quem berra ou chora mais alto e quem desmaia ou sente mal estar.

Olha gente, eu não curto isso. Se gostasse de invocar os espíritos do mal, eu frequentava a sessão de descarrego da Igreja Universal. Quando vou para o encontro da Renovação Carismática, eu quero cantar, rezar e buscar paz. Não para sair chocado com que vejo manifestar nas pessoas e com ouvido entupido de tanto nome ruim que precisei escutar. Pedir saúde, prosperidade e clamar a Deus para se fazer presente trazendo coisas boas na nossa vida, é bem diferente que insultar o antigo anjo da luz, pedindo que se manifeste e caia fora. Se isso resolvesse, o fiel eliminaria seus problemas na primeira manifestação.

Uma vez me falaram que a pior arma contra o inimigo é ignorá-lo. E com razão. Não adianta chamar o capeta e xingá-lo de tudo, porque é isso mesmo que ele quer. O pai da mentira fica feliz quando é lembrado com olhar de ódio e escuta seu nome em voz alta. Pensa que ele se assusta? Que nada, ele ri de tudo isso. Já quando ele é ignorado, quando um fiel só fala de Jesus e suas obras boas, ai SIM ele fica possessivo. Ele, assim como todo inimigo que se preze, quer ser visto e lembrado. A intenção do inimigo é de sempre nos tirar a paz. Quando brigamos com ele, adivinha quem alcança seu objetivo? Pois é...

Depois que escutei o que essa pessoa me falou, eu nunca mais usei minha língua pra falar do mal. Sabe quando você dá uma topada no pé na cama, ou prende o dedo na porta e - na força da expressão - solta um "oh inferno, que diab*"? Então, resolvi trocar e medir minhas palavras. Vocês não sabem a FORÇA que tem as palavras ditas pela boca. 

Se nós (eu me incluo aqui porque vivo errando também) soubéssemos a energia que elas carregam, jamais soltaríamos coisas tão... como vou dizer? Tão baixo nível por ai. Eu falo muita besteira, sei disso. Mas tento medir aquilo que falo. Se os padres soubessem a besteira que estão fazendo ao brigar com inimigo, ao invés de ignorá-lo e só falar de Deus, talvez muitas pessoas se sentiriam tocadas e curadas de alguma enfermidade.

Bom gente, era isso que eu precisava compartilhar com quem acredita na força divina. Pra finalizar este meu longo desabafo de católico cristão, apresento um vídeo de como deve ser os encontros da Renovação Carismática que deixam os fiéis com energia renovada. Solta o Play quem quiser ouvir.


Paz e Bem :)

8 comentários:

  1. Sabe Filipe, eu sempre pensei a mesma coisa. Toda vez que via cenas de algumas igrejas eu pensava o porquê do pastor falar mais no capeta do que em Deus. Acho que isso é uma maneira de colocar medo no povo pra poder manipulá-lo. Mostrar que o pastor ou padre é o único que pode livrá-lo daquele mal. Tá bebendo demais? Capeta no corpo. Tá sendo traído? O capeta tomou conta do outro. É homossexual(como se isso fosse um problema)? O capeta tá te influenciando. Tá doente, sem grana, desempregado, tem hemorroidas? O capeta tomou conta da sua vida.
    Acho tudo um absurdo. O capeta é culpado por tudo e o povo procura a igreja pra se livrar do capeta e não para se encontrar com Deus. Ninguém pensa que os problemas e sofrimentos podem ser aliviados no encontro com DEUS.

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  2. êeee atualização aqui!!! Senti falta, isso porque o trabalho não anda mais deixando eu acompanhar o twitter e o face, e como vc sabe, eu adoro Blogs! Vamo para de mimimi e vamos ao tema!
    Cooooncordo muito ctg! e Fico meio sem ação quando ocorre essas cenas na igreja, prefiro adorar a Deus e nem comentar da existência do outro!!!
    beijossss e não some!

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  3. É por causa de pessoas inteligentes iguais a vocês que visitam e ainda comentam, que retiro um tempinho pra atualizar este blog. SUAS LINDAS =*

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  4. Este seu pensamento quase que totalmente ortodoxo faz eu me sentir totalmente deslocado da sua realidade!
    Embora concorde com praticamente nada que você disse (não leve isso como algo prejorativo) gostei bastante da forma como você coloca seus pensamentos e analisa os mesmos...
    Seria interessande dia desses a gente conversar por ai, acho que seria bem interessante! =]

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  5. Felipe: sem problemas xará. Conversar sobre assuntos diversos é comigo mesmo (a começar com o nome deste blog, rssss)

    E não basta conversar, é preciso saber respeitar as ideias contrárias ao que defendemos. O que também sei fazer, visto que alguns dos meus melhores amigos são ateus =)

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  6. Questionar o que acontece dentro das Igrejas enfraquece a fé.
    Depois não para mais, até se tornar Ateu.

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  7. e qual a diferença de frequentar os encontros da RCC com essas ditas missas de "cura e libertação"?!?! Nada mais de diferente, tudo a mesma porcaria protestantóide e melosa, onde a FÉ é reduzida a um sentimento banalizado e estúpidamente sentimentalizada quando deveria ser um ato da prórpia razão, pois crer em Deus não é sentir e sim, CRER pelas suas revelações, seja pelos Profetas, ou por Ele próprio reveladas.

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  8. Bem caríssimo anônimo. Eis um ponto de vista seu o qual respeito, porém não concordo...

    E fique a vontade para se identificar quando quiseres comentar aqui. Esse é um blog aberto, qual o autor (Eu, neste caso rsss) pode não concordar com tudo que dizem, mas defende o direito da livre expressão de todos de forma respeitável ;)

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Aqui, a Liberdade de Expressão fica por sua conta :)

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