Sabe o que é isso? Falta de amor pela profissão e interesse pelo próximo. Está cada vez mais difícil encontrar alguém que trabalhe por paixão. A maioria só quer saber do salário e está pouco se lixando com as pessoas que lida diariamente. Onde foi parar o amor ao próximo? Cadê o respeito? Essa falta de carinho não é exclusiva da medicina, mas sim de todas as profissões. Há médicos, professores, advogados, jornalistas, autoridades e outros profissionais que estão nem ai com as pessoas que trabalham. Elas que morram.
Até no relacionamento de diversos casais o amor está esfriando. A rotina do trabalho não deixa tempo para almoçarem juntos, e mesmo quando estão em casa cada um fica no seu computador. Saudades do "Oi, tudo bem?" "Como você está?" "Posso te ajudar?" "O que aconteceu?". Vejo o ser humano se fechar como uma ostra. Não é a toa que as ligações para o Centro de Valorização à Vida (CVV) têm disparado em algumas cidades, com pessoas angustiadas e depressivas precisando de alguém para conversar.
Antigamente era comum a vizinhança se conhecer, cumprimentar e conversar na varanda de casa. Já hoje, nem sabemos quem é a pessoa que mora na porta da frente do nosso apartamento. O tempo passou e, com ele, ganhamos agilidade nas tarefas diárias por conta da tecnologia. Em compensação, perdemos o contato com as pessoas e nos tornamos "sentimentalmente frios". As máquinas sem vida ganharam tanto espaço na sociedade parecendo que, também, substituíram o nosso coração. Cada um se importa só com o seu umbigo e o restante que foda-se.
Como diz a letra da música do Charlie Brown: "Alguém te perguntou como é que foi o seu dia? Uma palavra amiga, uma notícia boa. Isso faz falta no dia a dia..."
E como faz =/