quinta-feira, 29 de julho de 2010

Entre o equilíbrio e a explosão

Sempre busquei ser uma pessoa da Paz, pois sei que nessa vida nada se leva. Já pararam pra pensar o que nós somos fisicamente? Apenas um corpo com tempo de vida bem limitado aqui na Terra e que, quando morre, vira pó.

Sou um cara cheio de defeitos, mas vivo em busca de novas sabedorias, conhecimentos e uma ligação profunda com o lado espiritual. Acredito que a vida é um constante ciclo de aprendizados, onde o autor deste ensino infinito é chamado de Deus.

A lição que aprendemos no momento é: Ser humano, como é ser e se sentir assim? Vou brincar de exemplos com sentido figurado, e vou inventar um. Deus, permitiu que nós viéssemos ao mundo para vivenciar esta experiência incrível com total livre arbítrio. Podemos usar a passagem de nossa vida do jeito que cada um desejar.

Alguns aproveitam este tempo para se rebelar contra O Criador e deixam de acreditar em um sentido da vida. Outros, exploram os limites do corpo que habitam e mergulham numa vida de drogas e prostituição. Tem aqueles que passam toda vida semeando a discórdia, provocando brigas... e há aqueles que fazem um bom proveito desta passagem. Eles ajudam o próximo a fazer o Bem, sem olhar a quem.

Ouvir das pessoas ou ler na bíblia que devemos ser sempre bom, é muito fácil. Difícil é praticar isto no dia a dia. A humanidade vive num sistema que consegue (com facilidade) tirar qualquer um do sério. A mesma boca criada para louvar e agradecer, é utilizada para denegrir a imagem de alguém. A mesma mão feita para estender ajuda, constrói armas e mata os semelhantes.

Como exigir a racionalidade de um pai que perde o filho inocente assassinado por policiais? Como cobrar compaixão para uma família que perdeu a casa consumida por fogo, de forma criminosa? Como pedir a bondade de uma vó que apanhou feio por um neto? Não dá, há momentos em que a vida prega uma peça que tira qualquer pessoa do sério e de uma linha ideal.

Nesta quarta (enquanto eu seguia para o trabalho de carro), uma mulher me fechou feio no trânsito sem motivo algum. Se não fosse minha habilidade de motorista (me achei aqui), teria batido com o carro da mãe. O susto foi tão grande que o pneu derrapou, desviei pro acostamento e quase bati nos carros estacionados.

Quando recuperei o controle, buzinei sem parar pra mulher que fez isso. O sinal de trânsito fechou e eu parei ao lado dela chamando de tudo, menos de santa. Na hora, o meu sangue subiu na cabeça e fiquei tão nervoso, que a minha vontade era de quebrar o carro dela pra ver se a mesma aprendia a dirigir direito.

É claro que NÃO fiz isso, pois contei até 10 e consegui deixar a razão controlar a emoção. Este foi o meu primeiro grande susto no trânsito. Com a derrapagem, buzinas e pessoas olhando, eu já visualizei um acidente em questões de minutos. Então fui para o trabalho (no evento) sem prestar. Imaginei diversos "E se acontecesse isso? E se batesse? E se... E se..."

Ao chegar em casa (mais calmo e tranquilo), pensei: "puxa vida, eu poderia ter sofrido um acidente, mas uma força do bem não permitiu isso e me fez chegar em casa salvo e com o carro intacto". Melhorei com este pensamento. É por essas e outras que acredito: A busca pelo equilíbrio deve ser constante, porque a qualquer momento... a vida vai te cobrar.

5 comentários:

  1. Nessa questão do trânsito sempre tento me controlar. É curioso como os motoristas são tão solidários na hora de avisar uns aos outros que estão trafegando com a porta do carro meio aberta, mas tão irritados quando é simplesmente para dar passagem a outro veículo. O trânsito parece uma competição, como se tentássemos descontar ali as frustrações da vida.
    Eu procuro dar passagem e xingar o mínimo possível, até porque na maioria das vezes quem vai ouvir o xingamento é eu mesma ou quem estiver comigo no carro.

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  2. Conheci o teu blog pelo Google e começei a navegar nas páginas até encontrar essa postagem. Me identifiquei muito com a visão que tens sobre a vida.

    Eu não dirijo mais no trânsito, pois sofri um acidente em 2008 e fiquei traumatizada. Confio em mim, mas não confio mais nos outros motoristas. Tento perder o medo, mas não está fácil. Bjs

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  3. Ju Dacoregio: "Eu procuro dar passagem e xingar o mínimo possível, até porque na maioria das vezes quem vai ouvir o xingamento é eu mesma ou quem estiver comigo no carro".

    ahuahau, perfeito Juliana, mais uma vez. Pior que isso é o q mais acontece, e só a gente escuta mesmo (o que é melhor assim, pra evitar brigas)


    Raquel: MUITO OBRIGADO pela manifestação. O que seria dos blogueiros sem o Google? Visitas pela metade. E quem resolve por sua opinião no comentário do blog é coisa rara.

    Desejo boa sorte pra vc voltar a dirigir, pois pior q esse trauma, é depender de carona dos outros =/

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  4. Bah mes passado eu tava indo numa festa na Vila SRF com uma amiga e a gente acabou batendo num caminhão, nada grave, meio de raspão, mas o carro desgovernou e a gente qs capotou...fomos pra festa mesmo assim, mas a gente inevitavelmente fica pensando e se a gente tivesse capotado e se isso e se aquilo e a festa nao presta no fim das contas...
    São coisas q nos fazem pensar, mas de que adianta? Passou, acabou, ficou tudo bem :)

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  5. Bem nessa, Re! E vc está aqui, visitando o blog... festando, se divertindo e me mandando SMS ;*

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