Quem aqui nunca pensou no dia de sua morte, só para imaginar quem iria chorar por nós e sentir a nossa falta? Será que muita gente vai se despedir de nós? Enfim, deixamos isso para quando Deus nos chamar. Mesmo que ninguém sinta nossa falta... queremos é ser respeitado, né? Pois é.
Sexta-feira vi no Portal Engeplus uma notícia que me deixou muito chateado e acabou com o início do meu final de semana (sim, meus sentimentos tem horas que extrapolam). E ela dizia o seguinte: "Túmulos revirados para ritual de magia negra". Segue o contexto da matéria postada pela jornalista Daniela Niero.
Funcionários do Cemitério Municipal de Araranguá, no bairro Urussanguinha, se depararam com duas sepulturas violadas e ossadas expostas em meio aos túmulos.
"Cenas fortes que causaram repulsa pelo total desrespeito aos mortos, provavelmente ligados a magia negra", afirma o delegado Jorge Giraldi, coordenador da Central de Polícia de Araranguá. Sem autoria até o momento, o delegado instaurou inquérito para apurar o caso.
O mais impressionante foram as fotos divulgadas pela Central de Polícia, postada pelo portal. Tinha quatro fotos de uma sepultura violada, caixão quebrado e um cadáver em decomposição exposto. Na mesma hora a blogueira, Priscila Pacheco, manifestou sua indignação no Twitter.
Eu compreendi o sentimento de revolta da Pri. Se a foto exposta fosse de um túmulo da minha família, eu também não iria gostar. Mas a pergunta que ficou no ar é: Vandalismo em cemitério é um fato jornalístico, então os jornalistas devem ou não divulgar as fotos de quando isso acontece? Olhando para os dois lados, é difícil de responder. Só sei que o Portal Engeplus encontrou uma saída para divulgar o fato sem ofender a família.
Desfocaram a imagem do corpo no caixão.
Assim ficou menos "chocante" (vamos usar esta palavra), além de manter o respeito por quem já não está mais entre nós. Agora o foco é outro: O que passa na cabeça de um ser humano que destrói sepulturas e acaba com o corpo de quem já morreu? Doença mental? Não consigo admitir que existam pessoas TÃO doentes pra chegar a tal ponto. É o cúmulo do absurdo e da falta de respeito, acabaram com o "Descanse em PAZ!"
Oi, Filipe, pois é, até descansar em paz, hoje, não podemos mais...que coisa!! Com certeza, houve crime contra os sentimentos e respeito aos mortos, pessoas queridas que já partiram. Tem toda razão Priscila. Parabéns pela sua postagem, Filipe, pelo alerta e pela notícia. Boa noite, uma boa semana :)
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ResponderExcluirÉ Lipe. Nem sabia que tu tinhas me ciatado no teu blog. Ainda bem que eu sempre acompanho! rs! Que honra!
ResponderExcluirMas agora falando sério.
Não sou jornalista, não tenho conhecimento do código de ética de vocês, mas, me considero uma pessoa de bom senso.
Que bom que tu postou sobre isso. Eu não teria equilíbrio emocional para tal.
Só te digo que quando eu vi as fotos (pq a imagem chama muito mais a atenção que o texto)me bateu um desespero achando que era a minha mãe. Até eu me acalmar e conseguir ler a matéria e ver que era outro cemitério... o estrago já tinha sido feito.
Mas, mesmo sabendo que aquele corpo nao era da minha mãe, ainda fiquei ofendida. Não tem como imaginar que o corpo de uma pessoa que amei e amo muito deve estar daquela forma tão... tão... tão decomposta.
O fato jornalístico deve ser divulgado sim e com fotos. Mas não da forma como foi divulgada. Para ilustrar a matéria, bastava uma foto da entrada do cemitério, por exemplo.
Se a imprensa puder divulgar esses tipos de fotos, abrirá precedente para divulgar as fotos das pessoas assassinadas. Já pensou abrir um jornal e dar de cara com o corpo da Isabela Nardoni, João Hélio, os pais da Suzane Rítiseiláoque??? Fotos das pessoas esquartejadas em um acidente de trânsito??
Tudo tem limite.
Bom saber que a Engeplus tomou uma providência, mesmo que seja simplesmente desfocar a foto (para mim, a foto deveria ser retirada). Eles, particularmente, não me avisaram e eu não ia ficar clicando no link da matéria para ver a foto de mal gosto mais uma vez.