A idade chega para todos

Pela segunda vez consecutiva recebi a visita da insônia na madrugada. Não que isso seja novidade, mas passar por isso duas vezes na mesma semana me irritou. Na primeira vez foi por culpa de um SMS que me acordou 3h da manhã. Alguém importante? Antes fosse, mas era propaganda (odeio telemarketing). Na segunda foi por conta de um pesadelo e, quando você perde o sono de madrugada, as horas custam passar. Não há ninguém na timeline do Twitter e nem no MSN para conversar.

Sem ter o que fazer, fui olhar um site que publicou as fotos da última festa que participei. Que tanta gente feia, o que era aquilo? Nem parece a mesma festa que eu estava presente e gostei tanto. Também não sirvo pra exemplo de beleza, mas acho que o fotógrafo desse site escolheu as pessoas por cotas de feiúras. Porque né? Se sol nasceu para todos, o flash da câmera digital também. Vi lá muitos rostos conhecidos do tempo de colégio, e de outras festas também. Envelheceram.

Pessoas que antes tinham carinhas de bebês, agora se tornaram adultas. Carregam marcas e cicatrizes no rosto que o tempo se encarrega de deixar. Aquela pele lisinha, ou cheia de espinhas, deu espaço para rugas e barbas por fazer. No lugar das correntes de prata penduradas no pescoço e dos bonés que davam uma aparência jovial, surgiu o amadurecimento representado pelas camisetas de gola pólo. As poses desinibidas e brincalhonas, agora apresentam uma postura mais séria e levemente descontraída. Em cada clique de uma nova foto tive a certeza de uma coisa: a idade chega para todos.